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O Promotor de Justiça aposentado João José Leal assumiu a cadeira número 31 da Academia Catarinense de Letras (ACL). A solenidade de posse aconteceu na sede da ACL, em Florianópolis, na quinta-feira (04/10). O Procurador de Justiça Gilberto Callado de Oliveira, titular da cadeira 39 da ACL, proferiu o discurso de recepção.

"O Confrade João José Leal é um escritor ligado a seu tempo, ao seu entorno e às lembranças que formaram a sua inteligência prodigiosa e a sua admirável cultura. No extenso rol de suas obras, temos um magnífico trabalho de estética literária, como são as suas "Estórias de uma Cidade - Crônicas Tijucanas", livro que recebeu o Prêmio Catarinense de Literatura", ressaltou Callado.

Leal ingressou no Ministério Público em junho de 1967 como Promotor Adjunto, na Comarca de Palmitos, e de março a junho de 1987 exerceu o cargo de Procurador-Geral de Justiça. Aposentou-se no início da década de 1990.

Doutor em Direito pela Universidade Gama Filho, Leal também foi professor de Ciências Criminais da Universidade Regional de Blumenau, da Universidade do Vale do Itajaí, do Centro Universitário de Brusque, e conta com um número significativo de obras publicadas na área de ciências criminais e literatura.

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Em 2015, recebeu o Prêmio Catarinense de Literatura pelo seu último livro "Crônicas Tijucanas", concedido pela Fundação Catarinense de Cultura, e desde 2014 o Promotor de Justiça aposentado é cronista do jornal O Município e atualmente publica semanalmente crônicas em outros jornais de Santa Catarina.

"Na idade de colher os derradeiros frutos da semeadura feita durante a minha vida, chego à Casa José Boiteux para receber a honrosa láurea acadêmica, em reconhecimento ao que escrevi no campo das letras jurídicas e da literatura. Depois de muito escrever na área das ciências criminais, aposentado, voltei a escrever crônicas para publicação em jornais de Brusque e do Estado", comentou Leal.

O mais novo integrante da ACL ressaltou também: "No momento em que ingresso na Academia Catarinense de Letras, para ocupar a Cadeira 31, é de minha firme vontade compartilhar esta importante láurea com o Ministério Público de Santa Catarina, instituição em que trabalhei por 30 anos e aos meus amigos e leitores, razão maior da minha inspiração para escrever minhas crônicas sobre o cotidiano da cidade e a vida das pessoas. Sinto-me feliz porque, enquanto puder sentar ao computador para escrever uma crônica, estarei vivendo para conversar com os meus amigos e leitores."

*Fotos de Douglas Santos