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Nesta sexta-feira (09/11) mais um museu foi vistoriado pela força-tarefa conduzida pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Foi o Museu Paleo-Arqueológico e Histórico Prefeito Bertoldo Jacobsen, de Taió. De acordo com a Promotora de Justiça Raísa Carvalho Simões Rollin, um fator que chamou atenção foi a deficiência no quadro de pessoal.  

''Atualmente, o museu não possui nem um museólogo e nem um arqueólogo, cargos necessários para a existência de um museu. A Promotoria de Justiça vai procurar o município para viabilizar essas contratações'', diz a Promotora de Justiça, titular da Promotoria de Justiça da comarca de Taió.

A estrutura do local foi considerada segura, porém, principalmente na parte externa, pôde-se notar limo, infiltrações e descascos na parede. O museu possui três andares, mas apenas o térreo possui condições de acessibilidade para pessoas com deficiência, motivo pelo qual a administração do local transferiu a sala de apresentação do terceiro andar para o térreo.

Quanto à documentação, a Promotoria de Justiça registrou a falta do plano museológico, do plano de segurança, de uma política de aquisição e descartes de acervo e uma carta de serviço ao cidadão. O plano museológico começou a ser feito esse ano e deve ser finalizado até dezembro.

A partir das informações coletadas nas inspeções e registradas nos relatórios da força-tarefa e do Corpo de Bombeiros, o Ministério Público poderá propor os ajustes necessários por meio de recomendações ou acordos com os órgãos mantenedores dos museus ou até mesmo, caso necessário, ingressar com ações civis públicas na Justiça para buscar as adequações.

A Promotora de Justiça Raísa Carvalho também destaca a possibilidade de expansão do prédio, dado o tamanho do terreno. ''O que eu percebo é que o museu tem muita possibilidade de crescimento. Conta a favor o fato de a região possuir um acervo paleológico muito grande enterrado, o que pode valorizar ainda mais o acervo do museu'', destaca.

O museu possui três andares, é administrado pelo Município e foi construído em um terreno pertencente originalmente ao primeiro prefeito de Taió. Hoje ele é tombado pelo patrimônio histórico.