Os donos da casa noturna foram atacados com pedradas, socos e chutes. Um deles, Éder Antônio dos Anjos Goulart, foi golpeado na cabeça por um capacete e caiu no chão. Ele entrou em estado de convulsão, mas continuou recebendo pancadas na cabeça. A filha mais velha assistiu a toda a cena. Éder morreu no hospital, deixando dois filhos adolescentes. Os outros dois sócios sofreram lesões corporais.
O MPSC acusou Maiandro, Fabrício e Andrei por homicídio qualificado e Elton por lesão corporal. A Promotora de Justiça da 1ª Promotoria da Comarca de Lages, Luciana Uller Marin e a Promotora Substituta da 10ª Promotoria da Comarca de Lages, Laura Ayub Salvatori, conduziram a acusação.
A família da vítima compareceu em peso à sessão do Júri, permanecendo no plenário do início ao fim, num clamor por justiça. A filha mais velha fez um depoimento emocionado. A jovem frisou que o pai era um homem benquisto pela comunidade e lembrou que ele serviu em missão de paz no Haiti.
O Conselho de Sentença condenou Maiandro Vieira Nogueira a 24 anos e dez meses de reclusão em regime fechado pelo crime de homicídio duplamente qualificado (por motivo fútil e com a
utilização de recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima)e uma lesão corporal; Andrei Oliveira de Lima a 18 anos e oito meses de reclusão em regime fechado pelo crime de homicídio triplamente qualificado (por motivo fútil, com emprego de meio cruel e com a utilização de recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima); Fabrício Locks Silva a 14 anos de reclusão em regime fechado pelo crime de homicídio qualificado (motivo fútil); Elton de Jesus Maciel a quatro meses de detenção por dois crimes de lesão corporal.
Éder Antônio dos Anjos Goulart virou nome de rua no bairro Guarujá, e é símbolo de uma campanha contra a violência promovida pela Associação Empresarial de Lages (ACIL).