O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) obteve a condenação de um homem por tentativa de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, recurso que dificultou a defesa e feminicídio). A Promotora de Justiça da 1ª Promotoria da Comarca de Lages, Luciana Uller Marin, argumentou que a vítima não morreu porque foi socorrida a tempo. O Conselho de Sentença aceitou a tese e o Juízo fixou a pena em 10 anos e oito meses de reclusão em regime inicial fechado. 

O fato aconteceu em um domingo, 19 de junho de 2016, no final do outono, em Bocaina do Sul, na Serra Catarinense. Naquela noite fria, Ademir Camargo deu um tiro na cabeça da ex-mulher por não aceitar o fim do relacionamento entre os dois. A arma foi disparada enquanto a vítima acendia o fogão a lenha na casa da filha.  

A mulher foi levada às pressas a uma unidade de saúde e sobreviveu graças ao atendimento médico emergencial. Porém, ela perdeu a visão do olho direito.

Durante a sessão do Tribunal do Júri, o homem confessou o crime. O Juízo permitiu que ele recorra em liberdade por ter respondido a maior parte do processo solto.